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A possível Gestão e Governo Bolsonaro no Brasil


Em suas diversas falas tanto em seus canais digitais quanto em suas últimas entrevistas, Bolsonaro tem sinalizado uma série de medidas que serão adotadas em seu governo que vale apena uma reflexão.

Foi naquela noite de entrevista ao Augusto Nunes que o presidenciável Jair Messias Bolsonaro surpreendeu a todos com a sua declaração que o economista Paulo Guedes estava embarcando em sua comitiva de campanha. Usando uma linguagem despojada e franca, Bolsonaro destacou que uma aliança estava se formando entre ele e o economista ultra liberal. O que chamou a atenção da imprensa tradicional foi que aparentemente haveria um descompasso entre as convicções do Capitão do Exército e o discípulo de Milton Friedman no quesito economia. Na visão dos diversos analista econômicos consagrados na opinião púbica brasileira este "casamento" de Bolsonaro e Guedes não seria viável porque o primeiro é estatizante e o segundo desestatizante.
Acontece que de lá para cá uma série de acontecimentos se desenrolaram no país, bem como as campanhas eleitorais para presidente evoluíram e alguns sinais o presidenciável deixou transparecer para que pudêssemos compreender a que pé está a relação Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. E é com base nesses sinais que faço uma pequena previsão de como será uma possível Gestão Bolsonaro destacando alguns pontos. 


Quitar a dívida pública

Na maioria das vezes em que o presidencial é confrontado sobre questões economicas ele tem o cuidados de não detalhar seus projetos, mas deixa transparecer que tem ciência do tamanho da dívida pública. Por várias e várias vezes Bolsonaro afirma que o próximo governo não terá espaço para manobras orçamentárias porque a arrecadação está baixa e a mesma está vinculada a mais de 90% do orçamento. Jair Bolsonaro tem dito que seu caminho será guiado pela Curva de Laffer em que quanto mais se cobra imposto, menos o governo arrecada. Por outro lado ele tem afirmado que está chegando a hora dos trabalhadores brasileiros decidirem se querem todos os direitos e nenhum emprego ou menos direitos e muitos empregos. Esta pergunta retórica revela a preocupação do presidenciável como a oxigenização das forças de mercado do Brasil. É notório que nos últimos anos o empresariado brasileiro se viu sufocado em suas atividades por um volume incalculável de burocracias e um destrutivo sistema de arrecadação de imposto, além de leis altamente protetivas ao trabalhador, engessando a produção de riquezas por parte das empresas. Tanto a curva de laffer e o fortalecimento da máquina empresarial do Brasil serão ferramentas usadas por ele para atacar de frente a dívida pública brasileira que drena metade do orçamento público. 


Desburocratizar a máquina pública


Pode-se dizer que está desburocratização é o prolongamento do primeiro tópico destacado neste post. Bolsonaro por diversas vezes tem declaro sua indignação contra ações do MST, FUNAI, INCRA, IBAMA e demais orgãos que tem dificultado o avanço econômico do país. Em harmonia com o presidenciável Paulo Guedes tem comentado que o governo Bolsonaro "amputará" seus próprios membros por meio de uma reforma do estado para se viabilize a produção de riqueza no país e mais para que prefeitos obtenha recursos. Tanto Guedes quanto Bolsonaro tem vocalizado que o foco será a desmobilização da União através da descentralização e o fortalecimento dos municípios. É válido lembrar que os municípios foram elevados a categoria d entes federativos na constituição de 1988, desde então a União tem lhe reservado o direito de receber o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), isto quer dizer que não levou trinta anos para percebermos que para se cumprir a constituição não basta darmos o direito, precisamos dos meios. Tudo indica que o Governo Bolsonaro terá por objetivo retirar o estado da frente de quem quer produzir riqueza no Brasil e para o Brasil e desta forma os prefeitos e deputados serão honrados com possibilidades de irrigar seus campos eleitorais com desenvolvimento econômico, eis o segredo da governabilidade de Bolsonaro. 



Negociar com os Estados Unidos


O Capitão tem sinalizado negocial com o mundo sem o viés ideológico, aqui mora alguns detalhes a serem observados. Os treze anos de PT conduziu o Brasil para longe do Mercosul e Estados Unidos e nos aproximaram da África, China e outros países da America Latina. Houve o fenômeno dos BRICS que tentava fazer frente aos Estados Unidos no intuito de tentar polarizar nas americas Brasil e Estados Unidos, coisa rorídula ao meu ver. Bolsonaro indica que conduzirá uma política de comércio exterior em parcerias com os americanos, israelenses e europeus. Nesta era de Donald Trump isso, claro, sou positivo e nitidamente revela um caráter liberal de Jair Bolsonaro e nada nacionalista porque ele está disposto a negociar com os maiores competidores econômicos do mundo. Sobre a China ele tem dito que está disposto a negociar com os orientais, mas em termos de trocas comerciais e não de venda simplesmente. Por isso ele tem comentado sobre a questão das privatizações serem modelos golden-share preservando as estatais estratégicas. Isso porque, na visão de Bolsonaro o maior ativo do Brasil são suas riquezas naturais e para tanto precisamos investir em tecnologia para trabalhar esta riqueza internamente e exportarmos produtos beneficiados e não simplesmente in natura. Como sempre no Brasil nada é tão simples tudo é um emaranhado de decisões que um capitão do exército precisa aprender da noite para o dia e responder as perguntas sagazes da imprensa sem contradições. É claro que ele vai dizer que está tudo com o Paulo Guedes, não dá pra dizer tudo de uma vez.



Reduzir a violência no Brasil


Algo bem debatido por ele é sobre a violência. Ele tem dito que as polícias que estão na ativa são capazes de combater a violência, mas para isso precisa  de retaguarda jurídica como o excludente de licitude e o fim da audiência de custódia. Isso porque o policial terá em suas mãos a autoridade de agir diante do banditismo e desta forma reprimir os criminosos. O armamento da população é uma de sus bandeiras pelo fato de num referendo de 2005 o povo brasileiro decidiu por não desarma-lo, mas as autoridades até agora constituídas não obedeceram ao pedido da população, então ele apenas que ser cumprida a vontade popular. É claro que esta pauta defendida por ele reforça sua política de combate a violência, pois uma vez armada a população este é mais um entrave ao banditismo, pelo menos dentro de casa ou estabelecimento comercial. Pode se dizer que a possível redução da violência ajuda positivamente o país que passará a ser bem visto pelo mundo e seus compatriotas elevando a nação a um outro patamar de análises.



Por fim a educação e saúde


Não há sombra de dúvida que estes dois temas são alvos eleitoreiros e de difícil solução. Boa parte do orçamento público está comprometida com estas categorias, naturalmente não é a maior parte, mas há uma grande irrigação de verba nestas áreas da sociedade. Tudo indica que o Governo Bolsonaro terá foco na gestão, isto porque, na entrevista do Roda Viva quando questionado sobre programas para a Saúde Pública ele destacou a prevenção. Bom, para nós que somos administradores a prevenção é a maior arma contra os custos, ela economiza e não permite o desperdício do dinheiro investido. Até o momento não foi anunciado que será o ministro da Saúde, mas não ficaria surpreso de ser uma pessoa de perfil administrativo, pois está preocupação com a prevenção é tipico de alguém que quer gerir o dinheiro público e não simplesmente injetar recursos do erário público. Quanto a educação ele tem levantado a bandeira da educação sem partido, isto é viés ideológico, onde muitas universidades e colégios tem se preocupado em formar militantes e não mão de obra qualificada. Some-se a isto uma possibilidade levantada por Bolsonaro sobre o ensino a distância desde o fundamental até o superior, mais uma vez esta medida desafogará as verbas públicas, desmobilizará o exército de forças ideológicas que patrulham o ensino brasileiro e canalizará a educação para o foco no resultado, isto é , tirar nota dez nos testes. 

Nesta breve análise procurei destacar elementos que nos permite vizualizar um furturo de Jair Messias Bolsonaro, claro, que continuarei monitorando o tema aqui no blog Caneta Científica. Este é o meu primeiro post no blog, muitos outros virão, dê-me sugestão de temas e ficarei feliz em analisar o quadro geral.

Daniel Júnior
Bacharel em Administração

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