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O Brasil e a Quarta Revolução Industrial


Acho que não é surpresa pra você que o Brasil não é um protagonista tecnológico no mundo. Mas talvez o que você não sabe é que estamos na eminência de sermos atropelados por uma avalanche tecnológica.

Primeira Revolução Industrial

Nos últimos duzentos e cinquenta anos o mundo sofreu uma profunda mudança em seu sistema de trocas. Um grupo de ideólogos tem chamado esta nova forma de trocas de capitalismo outros tem chamado de economia de mercado. Porém a realidade é que os serviços dos artesão dominante na alta idade média foram substituídos pela produção em massa na primeira revolução industrial que aconteceu na Inglaterra na metade do século XVIII. A cena mais clássica naquela época foram as engenhocas movidas por caldeirões efervescentes conhecidas como máquinas à vapor. Todo o maquinário tocado pela força dos rios foram transferidos para as cidades dando origem aos subúrbios, bairros de trabalhadores.

Segunda e Terceira Revolução Industrial

Nos Estados Unidos Thomas Edison introduz a energia elétrica como uma verdadeira revolução tecnológica. A indústria agora não estava mais dependente da água aquecida ou dos caldeirões efervescentes, a eletricidade conjugado com peças intercambiáveis abriu espaço para a terceira revolução uma vez que a segunda já havia ocorrido com as ferrovias. Tanto a segunda quanto a terceira revolução teve um caráter de melhorar a escala produtiva as ferrovias oferecia mais agilidade no transporte e a eletricidade oferecia comodidade e força motriz para as industrias e cidades. Estas duas últimas revoluções foram o segredo da força industrial americana. Foram delas que saíram cidade poderosas como Chicago e Detroit, empresas como Ford e IBM e tecnologias como telefone e o computador.

O Brasil acorda para as Revoluções Industriais

Enquanto estas revoluções aconteciam, nós aqui no Brasil, estávamos preocupados em exilar o imperador, destruir Antônio Conselheiro, gritar o Petróleo é Nosso e construir Brasília. Foi somente em 1990 que o então presidente do Brasil Fernando Collor de Melo após dirigir um carro na Europa proferiu uma frase celebre: "os carros do Brasil são carroça". Esta declaração veio depois de 75 anos da era Ford americana, demonstrando quão atrasado estávamos naquele tempo. Dois anos depois dezesseis robôs foram importados por uma fabricante automotiva do Brasil e desde então o setor industrial brasileiro procurou tatear o crescimento e evolução industrial. 

Quarta Revolução Industrial

Agora o mundo está indo em direção a Quarta Revolução Industrial por meio da Digitalização através da Internet das Coisas e uma conectividade virtual de alta performance, mas ainda permanecemos escravos de quatro operadoras de telefonia e um parque industrial moderno, porém, beneficiador de commodities quando não, produtos in natura. A digitalização é o quarto estágio de uma evolução industrial que começou com a mecanização, passou pela eletrificação e automação e finalmente culminou numa explosão digital. Uma das características desta quarta revolução é o monitoramento remoto da produção, interconectividade entre máquinas, Inteligência Artificial e algorítimos inteligentes que tomam decisões em lugares humanos. 

A Quarta Revolução Industrial no Brasil

O fato é que no Brasil ainda não temos estrutura para recebermos esta poderosa revolução que está a cargo de mega-empresários como Elon Musk e a turma do Vale do Silício, sem contar as industrias alemãs e japonesas que tem injetado dinheiro e pesquisa no fomento desta transformação industrial. Numa rápida análise é preciso muito mais do que investimento para que a Quarta Revolução toque o solo brasileiro é preciso um verdadeiro estadista para colocar o Brasil na rota do crescimento e da evolução industrial. 

Daniel Júnior
Bacharel em Administração  

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